quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

VIVENDO NO FAZ DE CONTA







Coloquei um jeans, uma camiseta e um tênis já desgastado, saí assim sem rumo buscando novidades.
A sensação de liberdade é indescritível, ficar a vontade, falar tudo que está com vontade, mesmo que falar só pra si, contar as novidades ao vento, ao ar, aos matos tem um sabor todo especial.
Curtir a vida mesmo que sozinha é maravilhoso, fazer de conta que tem alguém com você, que está de braços dados com a pessoa dos seus sonhos, que esta pessoa está te acariciando, faz até a cena parecer ser verdadeira.

Dormir abraçadinha com um travesseiro, fingindo que aquele travesseiro é a pessoa amada é uma delícia.

Imaginei-me de mãos dadas com meu amor, deitada na relva úmida, só ouvindo o barulho do vento, o canto dos pássaros, foi um passeio imaginário incrível, só que como sempre eu despertei e estava sozinha numa estrada vazia, já muito distante de casa.

Usei a mesma tática para voltar, para encurtar o caminho, imaginei-me abraçada com meu amor, caminhando tranqüila sem pressa alguma pra chegar em casa.

Porém, ao chegar em casa, joguei-me na cama fria e chorei por horas seguidas até perder a noção do tempo, fiquei lá terminei adormecendo e sonhei com o passeio que tinha feito na minha imaginação.

Acordei final da tarde, uma sensação estranha de total abandono, levantei-me tomei uma chuveirada e voltei pra cama, pra variar chorei mais um pouco e lá fiquei até o dia clarear, dei um cochilo e sai da cama um pouco relutante, pois seria mais um dia igual a todos os outros.

Só eu e a solidão.

Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA

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