SEM RUMO

SAÍ SEM RUMO, CAMINHEI SILENCIOSAMENTE POR UMA TRILHA E INCONSCIENTEMENTE ESTAVA NA SOMBRA DAQUELA JAQUEIRA, QUE FOI TESTEMUNHA DAS NOSSAS JURAS DE AMOR, DOS NOSSOS SONHOS E PLANOS.

SENTEI ALI MESMO, E PASSOU UM FILME, DE TODOS OS MOMENTOS QUE PASSAMOS JUNTOS, REVIVI TODAS AS CENAS DOS ÚLTIMOS DOIS ANOS. OLHOS FECHADOS, SILÊNCIO TOTAL, SÓ EU E MEUS PENSAMENTOS ESTÁVAMOS ALI ERA COMO SE O MUNDO SE RESUMISSE AQUELE LUGAR.

CHOREI COPIOSAMENTE POR ALGUM TEMPO, RABISQUEI NOSSOS NOMES NO CHÃO, FIZ UM CORAÇÃO EM VOLTA DELES E LEVANTEI, SEM OLHAR PRA TRÁS, FIZ O CAMINHO DE VOLTA PARA CASA, VISÃO EMBAÇADA PELAS LÁGRIMAS, CORAÇÃO BATENDO MAIS FORTE QUE O NORMAL.

NÃO PAREI EM CASA SEGUI ATÉ O FINAL DA RUA ONDE HAVIA UMA PRACINHA, COM APENAS UM BANCO DE MADEIRA DESGASTADO PELO TEMPO. ALI PERMANECI ATÉ ANOITECER BUSCANDO UMA RESPOSTA, PARA O QUE HAVIA ACONTECIDO CONOSCO. UM AMOR BONITO, TUDO PARA DAR CERTO E DE REPENTE ME TROCASTE POR OUTRA, TUDO QUE SENTIAS POR MIM FOI COMO SE TIVESSE VIRADO FUMAÇA.

VOLTEI PRA CASA, SENTEI NA VARANDA E FIQUEI A OBSERVAR UM PONTO QUALQUER NO INFINITO. ADORMECI ALI MESMO, ACORDEI COM O VENTO GELADO BATENDO EM MEU ROSTO, RESOLVI ENTRAR, ME RECOLHER E ESPERAR QUE COM A CHEGADA DE UM NOVO DIA, MINHA VIDA VOLTASSE A FAZER SENTIDO SEM A TUA PRESENÇA.

Escrito por Maria José

Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA