sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O RELÓGIO




Desde criança sempre fui amante da escola , sedenta de saber e adoro repassar aquilo que aprendo, não é a toa que me tornei educadora.

Boa aluna, sem repetir de ano, comportamento exemplar. Mas como era de classe social baixa nunca exerci papel de destaque na escola, nas festinhas eu não tinha com que me apresentar, ficava de fora, como minha intenção era só estudar não me incomodava muito com isto, só que um dia cansei.

Pus-me a pensar o motivo de ninguém me valorizar, será porque era “pobre”? Não era aquela garota bonita, mas caramba eu tinha minhas qualidades, meus valores que ninguém reparava.

Em uma dessas festas que fiquei de fora por não ter dinheiro para colaborar com a compra do presente da professora e nem ter uma vestimenta adequada eu fiquei triste.

Passei em frente à secretaria da escola e lá estava um bonito relógio, anunciando à hora de entrada e saída dos alunos.

Vi que era muito bonito tinha uma importância fundamental naquele ambiente e mesmo assim ninguém ligava pra ele. Aquilo me serviu de lição, em casa olhei para um relógio jogado num canto, abri e vi um monte de peças que o faziam funcionar.

Desde este dia eu aprendi que o exterior de nada serve se não tivermos um interior completo.

Pois os aplausos de nada valem o que importa mesmo é você está em paz, sentir que cumpriu bem seu papel, ter a consciência tranqüila.

Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA

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