Minha vida funciona de maneira impressionante,
como se estivesse em um imenso jardim, o meu é maravilhoso, eu cuidei a
vida toda com muito carinho. Dividi com muito cuidado em canteiros
especiais.
Cada canteiro tem seu nome, seu
significado. Tenho o canteiro dedicado a minha família. Este floresce
sempre, cada flor que dá gosto observar. As flores principais desse
jardim eu as chamo carinhosamente de D. Lia e Seu Zé Alves (os meus
pais).
D. Lia continua cada dia mais linda,
pétalas brilhantes, demonstra um vigor extraordinário e ela tem um
cuidado especial com todas as outras flores desse jardim, ela é a
responsável por cada nova flor que nasce.
É D.Lia que com muito orgulho se responsabiliza pelo crescimento e fortalecimento desse canteiro especial do meu jardim.
Antes
os responsáveis eram D. Lia e Seu Zé Alves, quem cuidava, protegia e
zelava por cada flor, mas infelizmente Em 19 de dezembro de 1988, seu Zé
Alves foi chamado por Deus e se retirou desse jardim, deixando-o aos
cuidados de D. Lia, que tão bem administra.
Todos
os dias eu olho meu jardim e lá está o local de Seu Zé Alves, ainda
choro, sinto muita saudade ao ver que ele não estar mais lá. Porém abro
um sorriso de felicidade e gratidão ao ver D. Lia lá, cada dia mais
forte, mais cheia de vida, já com 82 anos, mas D. Lia é uma flor muito
especial.
Tem o canteiro dedicado aos meus amigos, tenho muito amor por ele, cada flor deste canteiro eu cuido com muito carinho, pois são raríssimas, quando percebo alguma delas murchando, adubo novamente e triste de verdade eu fico quando percebo que alguma flor deste canteiro não está mais lá.
Eu sou literalmente apaixonada por esse meu jardim, por cada todos os seus canteiros, não existe dinheiro que pague as preciosidades lá existentes.
Cada
um de nós carrega dentro de si esse jardim, zele pelo seu, pois quando
morre uma flor dele fica um vazio enorme e é impossível plantar outra no
lugar.
Escrito por Maria José de Sousa
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA
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