Sei que o tempo se encarregou da separação de nossos
corpos, mas jamais consegui te tirar do pensamento.
Sento-me a beira mar e igual criança escrevo nossos nomes
na areia, já fiz até nossa casa lá.
Certo dia dei uns retoques que faltava no nosso “castelo
encantado” e estava em pensamento colocando os móveis cada um em seu lugar.
Absorta na tarefa não percebi a mudança do tempo, quando os primeiros respingos
de chuva molharam meu rosto eu me assustei, a
chuva chegou com uma intensidade estarrecedora, levou embora o “nosso castelo”.
Aí percebi que mesmo permanecendo em meus pensamentos,
não mais sentirei teu abraço, teu carinho teu afago.
As lágrimas misturaram-se a água da chuva, coloquei a
sandália na mão e cabisbaixa caminhei silenciosamente de volta pra casa.
Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA
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