No ano de 31
10 de maio foi o dia
Que Deus enviou a terra
A Querida Dona Lia
Pessoa muito bondosa
Uma mulher carinhosa
Que nos dá tanta alegria
Nascida em Jaramataia
Pelos avós foi criada
Tendo da Mãe a saudade
De uma morte inesperada
Foi pela família acolhida
E impulsionada pra vida
Sem lhe deixar faltar nada
Sempre viveu do trabalho
Levando uma vida dura
Seu estudo muito pouco
Trabalho de agricultura
Torrando café em pilão
Moendo milho pra pão
Pra comer com rapadura
Carregava água e lenha
Plantava milho e feijão
Além de cuidar da casa
Também colhia algodão
Fazia renda e fiava
Crochê, tricô e bordava.
Era sua obrigação!
Não saía para festa
Pois isso ninguém deixava
Só ia para as novenas
Que ansiosa aguardava
Pois lhe animava cantar
E com as amigas falar
Depois que a reza acabava
Tudo lá era distante
Não tinha iluminação
Mas faltar ninguém faltava
As novenas de Bastião
E todo mês de janeiro
Mesmo com o aguaceiro
Era grande a animação
Chegava o mês de março
Novena de São José
Como não tinha transporte
Todos eles iam a pé
Juntava a meninada
E faziam caminhada
Demonstrando sua fé
Novena no mês de maio
Eles iam todo dia
E como era pra rezar
Sair de casa podia
Pois era mês de festança
Em homenagem a Maria
No mês de junho, dois Santos
Acompanhavam São João
Tinha muita brincadeira
E até adivinhação
No terreiro uma fogueira
Pra queimar a noite inteira
Essa era a diversão
Mas a menina cresceu
E chegou o grande dia
De casar com Sr. José
Pois o Amor lhe vencia
E a diferença de idade
Não deixou a felicidade
Virar sonho em fantasia.
Casou em 54
22 era a idade
Com José Alves de Sousa
Foi morar em Soledade
Os filhos foram nascendo
E aos poucos foi crescendo
Criou 8, na verdade
Foi um grande sacrifício
Pra meninada manter
E muitas vezes não tinha
Nem o feijão para comer
Eles sempre trabalharam
E muito se esforçaram
Cumpriram bem seu dever
No fim de 88
Dona Lia enviuvou
O seu marido, Jesus
Para seu lado chamou
Mas não esquece um momento
Pois é grande o sofrimento
De perder quem tanto amou
Hoje com 82 anos
A família já criada
Quando se junta a galera
É uma festança danada
Ela tem 22 netos
E mais 23 bisnetos
Ou família abençoada
Dedico essa homenagem
A minha mamãe querida
Que sempre muito lutou
Para mudar nossa vida
É o meu grande tesouro
Vale muito mais que ouro
A ela sou agradecida.
10 de maio foi o dia
Que Deus enviou a terra
A Querida Dona Lia
Pessoa muito bondosa
Uma mulher carinhosa
Que nos dá tanta alegria
Nascida em Jaramataia
Pelos avós foi criada
Tendo da Mãe a saudade
De uma morte inesperada
Foi pela família acolhida
E impulsionada pra vida
Sem lhe deixar faltar nada
Sempre viveu do trabalho
Levando uma vida dura
Seu estudo muito pouco
Trabalho de agricultura
Torrando café em pilão
Moendo milho pra pão
Pra comer com rapadura
Carregava água e lenha
Plantava milho e feijão
Além de cuidar da casa
Também colhia algodão
Fazia renda e fiava
Crochê, tricô e bordava.
Era sua obrigação!
Não saía para festa
Pois isso ninguém deixava
Só ia para as novenas
Que ansiosa aguardava
Pois lhe animava cantar
E com as amigas falar
Depois que a reza acabava
Tudo lá era distante
Não tinha iluminação
Mas faltar ninguém faltava
As novenas de Bastião
E todo mês de janeiro
Mesmo com o aguaceiro
Era grande a animação
Chegava o mês de março
Novena de São José
Como não tinha transporte
Todos eles iam a pé
Juntava a meninada
E faziam caminhada
Demonstrando sua fé
Novena no mês de maio
Eles iam todo dia
E como era pra rezar
Sair de casa podia
Pois era mês de festança
Em homenagem a Maria
No mês de junho, dois Santos
Acompanhavam São João
Tinha muita brincadeira
E até adivinhação
No terreiro uma fogueira
Pra queimar a noite inteira
Essa era a diversão
Mas a menina cresceu
E chegou o grande dia
De casar com Sr. José
Pois o Amor lhe vencia
E a diferença de idade
Não deixou a felicidade
Virar sonho em fantasia.
Casou em 54
22 era a idade
Com José Alves de Sousa
Foi morar em Soledade
Os filhos foram nascendo
E aos poucos foi crescendo
Criou 8, na verdade
Foi um grande sacrifício
Pra meninada manter
E muitas vezes não tinha
Nem o feijão para comer
Eles sempre trabalharam
E muito se esforçaram
Cumpriram bem seu dever
No fim de 88
Dona Lia enviuvou
O seu marido, Jesus
Para seu lado chamou
Mas não esquece um momento
Pois é grande o sofrimento
De perder quem tanto amou
Hoje com 82 anos
A família já criada
Quando se junta a galera
É uma festança danada
Ela tem 22 netos
E mais 23 bisnetos
Ou família abençoada
Dedico essa homenagem
A minha mamãe querida
Que sempre muito lutou
Para mudar nossa vida
É o meu grande tesouro
Vale muito mais que ouro
A ela sou agradecida.
Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA
Nenhum comentário:
Postar um comentário