Dou uma olhada pela janela do meu quarto, lá está a lua,
cúmplice das juras de amor eterno. Contemplo o céu estrelado e me vem à memória
uma noite que resolvemos passear sob a luz da lua, ficávamos deslumbrados com
tanta beleza. Tínhamos dado uma fugidinha do cotidiano barulhento da cidade
grande e estávamos em um hotel fazenda.
Era como se o mundo fosse só nosso, viajamos sexta após o
expediente, duas horas depois estávamos no nosso destino, foi só um banho
rápido e jantamos na maior tranqüilidade. Voltamos para o quarto e fomos
vencidos pelo cansaço.
Acordamos no outro dia as oito da manhã, colocamos uma
roupa leve, tomamos o café e saímos um pouco sem rumo, tomamos banho de rio,
passeamos, voltamos para o almoço. Descansamos um pouco e mais uma vez saímos,
caminhamos sentindo o vento acariciar nossos rostos descansamos a sombra de uma
árvore e continuamos o passeio, quando nos demos conta havia anoitecido,
ficamos ali envolvidos pela magia da lua. Permanecemos um bom tempo, admirando-a, fizemos juras de amor eterno e por um bom tempo passeamos abraçadinhos sob a luz da lua e
voltamos ao hotel.
No domingo viajamos após o almoço, viajem tranqüila até
certo ponto do caminho, onde do nada apareceu aquele carro desgovernado e
acordei uma semana depois e você não tinha sobrevivido. Hoje anos após o
ocorrido ainda não entendo como tudo aconteceu, a única certeza é que depois de
um fim de semana maravilhoso eu te perdi pra sempre.
Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA
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