Desde a infância, nunca tive brinquedos, só havia tempo
para trabalho e estudo, acontece que sempre servi de “brinquedo”. Sabe aquele
brinquedo novo que a criança ganha, enche os olhos, brinca com ele até cansar,
e mesmo ele em bom estado, começa a ser desmontado, peças jogadas pra todo
lado, depois simplesmente é esquecido em um canto qualquer e logo é substituído
por outro.
Comigo acontece assim, enquanto tenho serventia as
pessoas me dão todo valor, fingem que gostam da minha companhia ai logo começam
a “desmontar” o brinquedo, deixam de visitar, não atendem o telefone, exclui
das programações até chegar o ponto de ser esquecida totalmente.
Isto já me aconteceu inúmeras vezes, sou o “brinquedo
predileto” até aparecer um novo. Passei e passo por esta situação diariamente, sejam
amores, amigos. Meu valor termina quando surge alguém novo, bem mais
interessante na vida das pessoas.
Só garanto que não é nada bom exercer esse papel, mas... Faz
parte da vida.
Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA
Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA
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