PAGANDO O QUE NÃO DEVO

As 5 da manhã saio pra dar uma caminhada, tentar extravasar esse sentimento profundo que aos poucos vai tomando conta do meu ser.

Ando por ruas desertas, relembrando os bons momentos que já vivi. Sinceramente não sei até quando suportarei. Me vem a mente minha pequena cidade onde todos se conheciam, se cumprimentavam, o papo rolava solto, não faltava amigos pra conversarmos, e nem faltava assunto.

Com saudade parece que estou ouvindo as gargalhadas muitas vezes sem motivo aparente, só por uma brincadeira. Por instantes parece que estou de volta aquele tempo de adolescente, de inocência completa, uma vida que na época fazia todo sentido.

Hoje... Estou só, os amores se foram, os amigos restaram apenas alguns. E eu retorno a casa onde moro para mais um dia de vida vazia, sem novidades, sem emoções, sem ter com quem dividir pensamentos, idéias, absolutamente nada.

Caminhei durante uma hora e cá estou na frente do PC pelo menos ele não me recrimina, até parece que me entende.

Como sei que saudade não mata, mas faz um grande estrago na nossa vida, estou tentando sobreviver em meio a este caos que tornou-se a minha vida

Estou pagando contas muito caras por débitos que eu nunca fiz.



Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA