domingo, 7 de abril de 2013

TARDE DE DOMINGO





Tarde de domingo, mais uma vez a solidão toma conta de todo meu ser. Perdi o gosto por quase tudo já, o que antes sentia prazer em fazer hoje não tem significado algum. Nestas horas sinto muita falta da minha querida terra onde eu tinha amigos, para onde sair qualquer hora, tinha com quem conversar.
Digamos que eu vivia em um mundo onde tudo era possível fazer, claro tinha as dificuldades, principalmente financeiras, mas era gostoso passear na pracinha, encontrar os amigos, jogar conversa fora, dar boas gargalhadas.
Quis o destino que eu saísse para uma cidade maior, onde todo tem pressa, ninguém conhece ninguém, onde o meu mundo resume-se a uma TV, um computador, meu querido travesseiro. Onde saio às ruas não tenho com quem conversar, dou uma volta no quarteirão e retorno para o silêncio da minha casa, do meu quarto, abraço-me ao travesseiro, não contenho as lágrimas, ligo a TV, emociono-me com o filme antigo que está passando choro mais um pouco e perco-me em pensamentos.
Recordo todos meus amigos, amores, minha amada família, tudo está tão distante de mim agora, na minha cabeça é como um filme daquela época boa da adolescência vejo-me na pequena cidade onde nasci, na pracinha com o namorado e um monte de amigos, onde tudo era motivo pra sorrir, vejo-me exercendo a profissão que escolhi.
Realmente hoje eu sei na realidade como a saudade e a solidão são capazes de transformar o ser humano. Aquela garota alegre e sorridente deixou de existir e deu lugar a uma pessoa triste e solitária.

Escrito por Maria José
Autora do DIÁRIO DE UMA LOUCA

   

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