segunda-feira, 11 de março de 2013

E A VIDA PASSA



A vida é bastante interessante, chegamos ao mundo, pequenininhos, totalmente dependentes dos nossos pais (principalmente da mãe), o tempo passa vamos crescendo, saímos da rotina diária, vamos a escola, arrumamos novos amigos, chega o dia que você começa a prestar atenção nos meninos, vontade de aproximar-se deles, é uma coisa natural.
Começamos a escrever bilhetinhos que sequer são entregues, fica guardado no caderno por anos, até decidir jogar fora, outros você nunca joga. Mas aí chega o tempo que você se encanta se apaixona, se entrega e termina no altar com o padre abençoando os noivos e declarando-os marido e mulher.
Comigo não foi diferente, a partir dali vida nova, mudanças de corpo, de mente, de residência.
Começam a aparecer os filhos, melhores presentes que podíamos ganhar, criamos, educamos, damos todo amor e carinho possíveis. Eles crescem e repetem praticamente o mesmo caminho nosso, só que cada geração é diferente da outra.
E quando percebemos a nossa força, vitalidade foi embora assim de uma forma que não consigo mais exercer as tarefas domésticas, ir às compras, chá da tarde com as amigas, Com muito custo aprendi a respeitar meus limites, a saber, até onde posso ir, pois afinal já tenho dois lindos netinhos que quero vê-los crescer.
Gosto de fazer carinho e receber o carinho deles, amo quando me pedem pra eu contar as estórias da minha época, eu conto como contava aos meus filhos, sem entrar em alguns detalhes que só diz respeito a mim e meu esposo, que, diga-se de passagem, fica vermelho toda vez que começo a falar do nosso passado.
Eu gosto de intimidá-lo, digo que vou contar-lhes como era nosso namoro, mostrar as dezenas de cartas com declarações de amor, os presentinhos que trocávamos, mas digo só pra provocar, porque essas coisas são somente nossas.
A VIDA PASSOU E NÃO SOU MAIS CRIANCINHA, SEI ATÉ ONDE POSSO IR.

Escrito por Maria José
Autora do DiÁRIO DE UMA LOUCA

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